quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mário Quintana



Lágrima



Denso, mas transparente
Como uma lágrima...
Quem me der
Um poema assim!
Mas...
Este rascar de pena! Esse
Ringir das articulações... Não ouves?!
Ai do poema
Que assim escreve a mão infiel
Enquanto - em silêncio - a pobre alma
Pacientemente espera.

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